Casos de Estudo

A pluralidade do território português proporcionou a profusa manifestação de diferentes tipos de construções vernáculas, o que representa um vasto campo de investigação. Não obstante, nesta fase, a investigação focar-se-á no estudo de três áreas do país, diferentes entre si em diversos factores locais (clima, litologia, culturas agrícolas e arbóreas, etc.) que consequentemente originaram diferentes manifestações arquitetónicas. A seleção das áreas de estudo tomou como ponto de partida as divisões fundamentais do território português definidas por Orlando Ribeiro [1] — norte Atlântico, norte transmontano e sul. A seleção dos casos de estudo seguiu critérios como o contraste entre as diversas áreas ao nível de diversos fatores locais, as diferenças na arquitetura vernácula dessas zonas e o seu potencial para contribuir para a sustentabilidade do ambiente construído, de acordo com o trabalho previamente desenvolvido [2] (Figura 1). Assim, as áreas em estudo são o litoral centro, o interior norte (transição entre a Beira Alta e Trás-os-Montes) e o interior sul (Alentejo). Os edifícios vernáculos considerados neste projeto de investigação são: as construções em madeira do litoral centro, designadas por palheiros; os edifícios da Beira Alta com varandas envidraçadas; e a arquitetura em terra do Alentejo. Através da avaliação in situ das condições de conforto pretende-se estabelecer comparações entre os diversos edifícios e as estratégias usadas na adaptação a condições específicas do território. Para o efeito, foram realizadas avaliações qualitativas e quantitativas para cada caso de estudo ao longo das várias estações do ano. Os resultados obtidos até ao momento estão disponíveis para consulta através das ligações indicadas em baixo.

Contrastes do território português e exemplos de arquitetura vernácula das zonas em estudo

Figura 1. Contrastes do território português e exemplos de arquitetura vernácula das zonas em estudo

notas: 1) Durante as monitorizações realizadas nos edifícios em estudo não se encontravam em funcionamento quaisquer sistemas de climatização, com excepção de alguns períodos durante a estação de outono e inverno. Os sistemas de climatização utilizados foram os seguintes: CE1 - irradiador a óleo; CE2 - lareira com recuperador de calor; CE3 - lareira com recuperador de calor e termoventilador eléctrico. A utilização destes equipamentos faz alterar os perfis de temperatura e humidade relativa de forma rápida, pelo que este factor deve ser tido em consideração na análise dos resultados. 2) Oportunamente, serão adicionados novos conteúdos com a análise dos resultados apresentados e novos elementos gráficos explicativos.

Referências

[1] Ribeiro, O. (1998). Portugal: o Mediterrâneo e o Atlântico (7th ed.). Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora.

[2] Fernandes, J. (2012). O contributo da arquitectura vernacular portuguesa para a sustentabilidade dos edifícios. Universidade do Minho. ver | descarregar

[3] IGEO. (n.d.). Atlas de Portugal: um país de área repartida. Retrieved April 23, 2013, from http://www.igeo.pt/atlas/cap1/Cap1d_1.html

[4] OneGeology-Europe. (n.d.). OGC Web Map Service (WMS). Retrieved April 23, 2013, from http://onegeology-europe.brgm.fr/

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